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sábado, 23 de abril de 2011

UM IDÍLIO

Deixo partir o que de você em mim
Coloco-me em posição de memória
Esqueço sem, no entanto, sim
Perder de todo sua imagem...

E ficou...

A prata absurda na água da tarde marinha
O silêncio, mais do que tudo
Tudo o que se poderia haver dito
Suas odes, seu olhar aflito


Deixo a maré  
Desprendo-me
Suave é poder ser
Sem ter que ter 
Com ninguém
Mero é existir e querer 
O que vem


E supondo
Supondo que tudo se dissipa
Orla, barca, peixe, areia, vela, prédio
Gente, sopro, vento, sal e sal, e mar, e vida
Orgulho, medo, amor, amor, suor, saliva

Crispada Solidão

Deixo partir o que de mim agora
Quer apenas fingir












Mentir que é apenas coração...



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